Escolas reclamam de alunos que copiam do Google
LONDRES - Mais de metade dos professores entrevistados em uma pesquisa britânica disseram acreditar que trabalhos plagiados da internet representam um problema. Alguns estudantes que copiam textos encontrados no Google, afirmam, são tão preguiçosos que nem mesmo apagam os anúncios que acompanham os textos que eles recortam e colam.
A pesquisa da Association of Teachers and Lecturers (ATL) distribuiu aos professores britânicos um questionário de pesquisa, e os resultados indicam que 58% deles encontraram casos de plágio em trabalhos de alunos de segundo grau.
Mary Bousted, secretária geral da ATL, disse que "os professores têm de revirar uma montanha de cópias e é difícil determinar se os trabalhos são obra dos alunos ou plágios". Ela pediu medidas rigorosas de combate ao plágio, e quer ajuda dos conselhos que organizam os exames educacionais britânicos e do governo, em forma de recursos e de técnicas que ajudem a desvendar as trapaças.Mas não concordo com as 'medidas rigorosas' propostas na Inglaterra! 'Desvendar as trapaças' não solucinará o problema! Acredito que devemos criar novas estratégias para evitar que meras cópias aconteçam.
Para ilustrar a situação, vou usar alguns exemplos:
1°) Quando eu era aluna, e a internet ainda não era uma realidade, eu simplesmente copiava as informações de enciclopédias. E nem me dava ao trabalho de tirar 'conforme a figura abaixo'. Não sei o quanto aprendi, mas minha letra é linda!
2°) Com as acusações que recebi de facilitar a cópia da internet, resolvi brincar com os alunos: "nem formatar o texto vocês conseguem?" Depois das risadas, pelos menos os trabalhos passaram a ser formatados!!!
3°) Para resolver o problema me 'uni' a duas professoras:
QUÍMICA - Os alunos receberam os trabalhos de volta para fazer uma apresentação de slides com as principais idéias. Depois tiveram que apresentar para a turma. Assim tiveram que ler e entender do que tratava o assunto.
PORTUGUÊS - Os alunos pesquisaram e imprimiram os textos relevantes para a pesquisa. Sei que é meio anti-ecológico, mas foi por uma boa causa, usamos folhas de rascunho e havia uma cota para impressão. Depois, na sala de aula, com o acompanhamento da professora, eles fizeram o trabalho. A professora deu dicas de como pesquisar, reescrever, resumir, fazer referências bibliográficas, ...
Acredito que as duas experiências acima mostram que é possível reverter a situação sem ter que apelar para 'medidas rigorosas'. Na maioria das vezes, nossos alunos nem sabem pesquisar! Ainda não tem as habilidades básicas de ler e encontrar uma informação, interpretar os dados, reescrever com suas palavras, fazer citações... E o professor nem se dá conta! E muitas vezes os alunos chegam ao Ensino Superior com essas defasagens... Então, antes de pensar em reprimir o 'copiar e colar', temos que pensar em ensinar o 'como pesquisar'.
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É tão gostoso imprimir uma página, ler e grifar um trecho, depois transcrever isso para fazer um trabalho do jeito que você quer.
ResponderExcluirMas não, isso dá muito trabalho e a moçada tem coisas muito mais urgentes para fazer.
Bom, eu tenho uma filosofia quanto a cópias: eu sempre planejo uma atividade para meus alunos da qual eu tenha que participar e onde eles tenham que criar, assim, as cópias ficam fora.
ResponderExcluirOpa Sintian!
ResponderExcluirVocê matou a charada... se o professor pede uma pesquisa (genérica)m sobre um assunto.. ele basicamente está pedindo para o aluno plagiar algum sítio na web...
Talvez a forma de pedir a pesquisa pode fazer com que a simples cópia nem faça sentido... e isso vai depender de cada disciplina...
No caso da física eu faço perguntas específicas que só podem ser respondidas compreendendo-se alguns conceitos... dificilmente a cópia e cola responde as mesmas..
[]'s
Na verdade, eu criei o hábito de copiar os textos no editor, grifo aquilo que me interessa e reescrevo depois. As vezes faço algumas citações. Inclusive já trabalhei assim também com os alunos.
ResponderExcluirSei da 'pressa' que todos têm, mas se os professores não trabalharem estas habilidades na sala de aula, os alunos continuaram copiando e colando! É a realidade!
Natty e Sérgio
ResponderExcluirRealmente o professor é a peça fundamental. Sua presença e acompanhamento são essenciais para que os alunos mudem sua postura. Além de propor atividades diferentes, que exijam mais do que a simples cópia. Como o Sérgio exemplificou, uma atividade que exige compreensão.
Valeu pelas contribuições!