Não é comum encontrar conteúdos educacionais envolvendo o uso do QRCode, pois eles não são populares nas escolas já que dispositivos móveis nem sempre fazem parte do cotidiano escolar. E algumas vezes nem são aceitos.
Mas com a popularização do uso de laptops educacionais, tablets e smartphones esse recurso pode ser interessante em sala de aula, já que permite uma aproximação entre o real e o virtual. Vários projetos são possíveis (veja aqui alguns), mas para isso precisamos nos preparar e conhecer um pouco mais sobre esse recurso. Confira as dicas:
1) Oficina Escola Aumentada http://escolaaumentada.tumblr.com/
A proposta dessa oficina tem como propósito provocar uma
experiência de cartografia local de pessoas, objetos e lugares do espaço
público onde se encontram os cartógrafos.
Adoro brincar de Caça ao Tesouro. Agora imagine fazer isso usando um código secreto... Essa possibilidade já existe e foi testada. Inclusive há um aplicativo online para ajudar nessa tarefa!
Vamos por partes então...
A Caça ao Tesouro é uma brincadeira com inúmeras variações pelo mundo afora. Eu gosto de brincar assim: dou a primeira dica de onde está a segunda dica; na
segunda estará a terceira e assim por diante, até chegar no último
papelzinho que dá a pista final para o tesouro. A dica pode ser uma charada ou uma pergunta sobre um determinado conteúdo.
Agora imagine decodificar as dicas utilizando QRCodes? Existe um site que faz isso para você. Você insere as dicas e/ou perguntas que desejar. O programa cria os códigos para você imprimir e espalhar pela escola. Depois os alunos devem encontrar os QRCodes para chegar ao tesouro. Conheça o site clicando aqui. Ou veja como ele funciona no vídeo abaixo:
::IDEIA 01::
Escolha um conteúdo que esteja trabalhando em aula.
Formule perguntas que levem os alunos a pesquisar mais sobre o assunto.
Crie QRCodes que levem a cada uma das perguntas. Utilize oQR Treasure Gerador para fazer os códigos.
Imprima os QRCodes e espalhe pela escola, sala de aula, ou pelo local onde a brincadeira será realizada. Crie um certo grau de dificuldade para que fique mais interessante. Se necessário, crie um mapa com dicas.
Divida a turma em grupos. Cuide para que cada grupo tenha pelo menos um dispositivo capaz de ler os códigos.
Determine papéis para os alunos: quem anota as perguntas, quem decodifica o QR, etc. Cuide para que todos desempenhem alguma ou todas as funções.
Os grupos devem encontrar todos os QRCodes com as perguntas, registrá-las e encontrar as respostas. Eles podem até ter um mapa de papel para assinalar os locais que já foram explorados.
Vence o grupo que entregar todas as respostas corretas.
Conheça uma experiência semelhante realizada numa aula de história: http://goo.gl/9WKAk
Essa sugestão é mais simples e pode ser utilizada com alunos menores:
Pense onde você vai realizar a brincadeira e crie um mapa estilizado desse espaço.
Escolha um ponto de partida e marque o local onde estarão as dicas.
Crie as dicas utilizando charadas, por exemplo. E importante que elas tenham uma pista de onde está a próxima dica.
Use o oQR Treasure Gerador para fazer os códigos.Basta inserir as dicas que ele faz o restante do trabalho.
Imprima os QRCodes e fixe em objetos/locais indicados no mapa. Mas lembre de criar um certo grau de dificuldade para que a brincadeira seja interessante, por exemplo, grudando um código debaixo da cadeira.
Se cada criança tiver um dispositivo móvel (tipo o computador do UCA) eles podem brincar individualmente, mas é mais divertido organizar pequenos grupos - eu prefiro!
Vence quem encontrar o tesouro primeiro!
SUGESTÃO: as dicas podem solicitar alguma coisa que precisará ser feita antes de se chegar ao tesouro, por exemplo, pegar um livro na Biblioteca, ou uma colher na cozinha da escola, uma bola com o professor de Educação Física, etc.
Acredito que o QRCode pode facilitar a vida do professor, encurtando o caminho entre o interesse do aluno e o conteúdo. O uso dos códigos não precisa, inclusive, ter caráter obrigatório. O professor pode distribuir cartões impressos para serem fixados nos livros OU incluir o quadradinhos nos seus trabalhos e testes. Acessa a informação quem tiver interesse!
Mas as aulas de História são um espaço perfeito para usar esse recurso...
::IDEIAS::
1) Criar QRCodes que levem a complementos do conteúdo trabalhado em aula: vídeos, mapas, imagens de um determinado período histórico, etc. e distribuir para os alunos colarem nos seus cadernos ou livros didáticos.
2) Pedir para os alunos criarem QRCodes para determinados tópicos do conteúdo estudado, ampliando seus conhecimentos através de simulações, apresentações, imagens, etc. Distribua os códigos impressos entre os colegas da turma para que todos visitem os links e depois colem no local correspondente no livro didático, por exemplo.
3) Criar conteúdo online com seus alunos e gerar QRCodes que levem a ele. Espalhar os códigos impressos em locais relevantes e que tenham relação com o tema abordado. Uma turma pode gerar conteúdos e códigos para outra, da mesma ou de outra escola.
4) A HISTÓRIA DAS COISAS: seria interessante colar QRCodes em objetos que levem até informações históricas sobre ele. Por exemplo, objetos referentes a história da imigração na região; a vida pessoal; a um fato histórico; etc.
5) Eu gosto de associar mapas para localizar os alunos nas aulas de História, afinal todo fato histórico aconteceu em algum lugar! Quem sabe os alunos podem ser direcionados a esse recurso através de QRCodes?
QUER MAIS IDEIAS? Use o QRCode ao lado e descubra o que mais pode ser feito nas aulas de História!
A garotinha no vídeo abaixo me inspirou... Há alternativas criativas que podem estimular as crianças na Educação Infantil. Para isso você vai precisar de um equipamento na sua sala de aula capaz de decodificar as etiquetas: pode ser um computador com webcam, tablet, smartphone, etc.
A ideia é criar QRCodes e espalhar pela sala de aula. Quando um aluno ficar interessado pode consultar o código e ter uma surpresa digital...
1) Colar QRCodes nos livros de literatura infantil que levem as crianças até vídeos ou músicas referentes a historinha. Ou a uma entrevista com o autor da obra.
2) Fixar QRCodes nos brinquedos e jogos das crianças. Eles poderiam direcionar as crianças até jogos online OU até um vídeo explicando as regras do jogo.
3) Grudar QRCodes nos objetos com links a ESCRITA correspondente. Pode ser acompanhado pela pronúncia OU uma lista de palavras similares, que comecem com a mesma letra, com o mesmo número de letras, etc.
4) Criar cartões com QRCodes que direcionaram as crianças aos mais diferentes ambientes virtuais. Podem ser úteis em uma GINCANINHA, onde cada cartão aponta para um desafio.
5) CRIE material digital com seus alunos, construa cartões com QRCodes e distribua para os pais e coleguinhas da escola. Os temas podem ser os mais variados possíveis como datas comemorativas ou projetos significativos da turma, como alimentação saudável por exemplo.
É isso mesmo: existe um livro impresso apenas com códigos em 2D. A ideia é genial: você aponta seu dispositivo móvel para o QRCode e é levado para uma página online com o texto correspondente.
Essa é a proposta do CAOS - Coletivo de Amor e Ódio em Segundos, que criou uma obra auto-atualizável e colaborativa: Instantes de Amor e
Ódio, que divulgam como o primeiro "livro vivo" do mundo.
Como isso funciona? A idéia é complicada de explicar porque mistura muita coisa, mas é muito bacana, então vamos entende-la:
"O projeto costura o tema “Amor e Ódio” utilizando mídia impressa, QR
Code e Twitter (ou seja, o velho e bom conteúdo gerado pelo usuário). E
funciona assim: o livro tem 200 páginas cada uma com um QRCode. Você usa um software de leitura de QRCode para “ler” via seu celular e é
enviado para uma página web, com uma frase do Twitter sobre amor e/ou
ódio. São 100 frases de amor, 100 de ódio. Em intervalos de 7 dias, os
QRCodes remetem à novas páginas. Ou seja, o livro não envelhece nunca. É
um livro que nunca para de ser escrito."
1) Crie páginas online com seus alunos registrando frases, versos, microcontos, notícias, etc sobre UM determinado tema. Utilize qualquer ferramenta virtual de fácil publicação: blog, wiki, twitter, etc.
2) Gere códigos 2D (QRCode) com a ajuda de algum site como o KAYWA que é um exemplo de site gratuito que gera este tipo de código. Imprima esses códigos.
3) Encaderne os códigos gerados como se fosse um livro e disponibilize para que todos tenham acesso: na biblioteca escolar, na sacola de leitura, como tarefa de casa, etc.
4) Para dar dinamicidade ao livro, atualize o conteúdo periodicamente. Assim você sempre terá uma nova leitura!
Mas eles também podem complementar as informações dos livros que utilizamos na sala de aula, com dados atualizados e curiosidades, por exemplo. Sabemos que os livros didáticos são reaproveitados e reutilizados, não só nas escolas públicas, porque nas particulares eles também são repassados para os colegas, parentes e amigos mais jovens cursando anos anteriores.
Que tal construir QRCodes e dar para seus alunos fixarem nos seus livros em determinadas páginas e capítulos. Eles podem acessar essas informações atualizadas com seus dispositivos móveis (laptops educacionais, smatphones, tablets, webcam, etc.) tornando o conteúdo mais dinâmico, tanto na sala de aula como tarefa para casa.
EXEMPLOS DE COMO FAZER...
1) Imagine o capítulo Floresta Amazônica. Crie um QRCode que direcione os alunos ao status mais atual
possível do mapa das queimadas na Amazonia. Sempre que uma nova turma acessar esse conteúdo terá informações atualizadas, independente do tempo de uso do livro.
2) Em livros de Geografia esse recurso seria muito útil, já que os dados são constantemente atualizados. Por exemplo, um QRCode permitiria que os alunos acessassem os dados mais recentes de cada país, continente ou região, além de mapas e imagens de satélite.
3) Nos livros de Ciências os QRCodes poderiam apontar para vídeos e simulações de experiências ou sobre o funcionamento do corpo humano - tão difícil de explicar com imagens estáticas. Tem aquele exemplo com a tabela periódica para as aulas de Química que comentei aqui: http://bloguinfo.blogspot.com.br/2012/03/qrcode-e-ciencias-tabela-periodica.html
4) As aulas de Arte poderiam ser enriquecidas com códigos que direcionassem os alunos a informações complementares sobre as obras e artístas em estudo. Ou quem sabe até exposições em grandes museus online.
Bem, no Brasil essas ideias só vão ter espaço em escolas onde os alunos tem dispositivos móveis a sua disposição. Mas nos Estados Unidos há diversas experiências nessa área. Confira nos vídeos a seguir, pois vale muito a pena ver o que os alunos estão fazendo com esses quadradinhos:
Você já viu uma tabela periódica parecida com essa? Cada elemento é representado por um QRCode que leva a informações adicionais, atraves de vídeos produzidos pelo pessoal da Universidade de Nottingham - Inglaterra.
E a tabela abaixo redireciona cada elemento até um aqruivo de áudio:
Agora, você já pensou em construir uma tabela semelhante com seus alunos? Distribua os elementos entre eles e peça para que construam páginas online com informações importantes, curiosidades, etc. Vale usar texto, imagens, sons, vídeos, etc. Depois é só produzir um código em 2D para ligar os elementos da tabela ao complemento dos alunos.
Entenda melhor o funcionamento assistindo ao vídeo abaixo:
::OUTRAS IDEIAS::
A equipe de criação do Museu da Vida elaborou uma tabela periódica interativa,
através da qual pode-se compreender a organização dos elementos químicos
por meio de cubos feitos com material leve e de fácil manuseio com
informações e fotos de cada um dos 118 elementos conhecidos. Saiba mais aqui: www.coc.fiocruz.br/comunicacao/index.php?option=com_content&view=article&id=359
Você já pensou em ir além da leitura quando está com um livro nas mãos? Eu desejo isso sempre... Acho que foi isso que chamou minha atenção nesse experiência envolvendo QRCodes e Literatura.
Conheça essa experiência interativa usando os códigos em meio ao livro “A Volta ao Mundo em 80 Dias”,
de Julio Verne. Mantendo seu celular sempre a mão, o leitor pode ter
acesso a mapas, vídeos, músicas e comentários que têm ligação direta com
a passagem da história que estiver sendo lida no momento.
Imagine agora fazer isso na sua escola:
Escolha um livro junto com sua turma.
Peça aos alunos para imaginarem links que poderiam ser feitos a partir da leitura: mapas, vídeos, músicas, comentários, ...
Junto com a turma, separe os alunos em grupo, para escolher onde serão inseridos os QRCodes.
SUGESTÃO: os códigos podem ser impressos e adicionados aos livros. Aí é só dar o livro para que os colegas de outras turmas façam a leitura interativa!
OU quem sabe cada aluno cria códigos para um livro que selecionar:
Escolher um livro na Biblioteca.
Fazer a leitura e selecionar onde poderiam ser inseridos QRCodes.
No computador, construir os códigos linkando com conteúdos que complementem, ilustrem, etc. a história.
Imprimir e colar o códigos no livro.
Passar o livro a um colega para fazer a leitura interativa.
Tenho visto diversas experiências com QRCode pela internet, mas tenho pesquisado qual a real utilidade dele na educação. Acredito que ele possa se tornar mais interessante na medida que tivermos mais dispositivos móveis nas mãos dos alunos, sejam smartphones, tablets ou laptops educacionais. E pelo meu envolvimento com o projeto UCA estou pensando em projetos viáveis nas escolas onde cada aluno tem um computador.
Para começar, vamos entender um pouco mais sobre o assunto...
QR Code = Quick Response Code ou Código de Resposta Rápida
É um código
de barras em 2D que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos
celulares que têm câmera fotográfica. Esse código, após a decodificação,
passa a ser um trecho de texto, dados para contato e/ou um link que irá
redirecionar o acesso ao conteúdo publicado em algum site.
Na educação, essa tecnologia vem ganhando cada vez mais espaço. Sua
função principal é trazer, durante as aulas, referências a conteúdos
online de forma prática e que desperte a curiosidade dos alunos. Ela
ainda pode ser adaptada de acordo com a necessidade e a oportunidade
encontrada pelo professor, abrigando conteúdos externos ou criados por
ele.
Separei alguns bons exemplos. Clique sobre o link para saber mais sobre cada um deles:
ATIVIDADES COM O ALFABETO NA PAREDE Nós sabemos o quanto o alfabeto é importante nas nossas classes de alfabetização. ARevista Nova Escola diz que ele pode ser um suporte para as dúvidas das crianças quanto a grafia das letras.
#DICA 1Deixe as letras do alfabeto no campo de visão dos alunos, por exemplo, sobre o quadro da sala de aula. Há muitos modelos por aí, mas os mais indicados para o início da alfabetização são aqueles com letra de imprensa maiúscula.
#DICA 2 Além de memorizar a sequência das letras e conseguir identificá-las isoladamente, é fundamental usar o cartaz com o alfabeto em atividades de escrita, onde a criança tenha que recorrer a esse suporte. Por exemplo:
Profe, qual é o G? Vamos recitar o alfabeto (olhando para a faixa) até chegar nele?
#DICA 3
Realizar atividades em que a utilidade da ordem das letras fique clara, como a agenda telefônica ou o uso do dicionário. Uma experiência interessante é visitar uma farmácia (próxima à escola) para observar como os remédios são organizados.
#DICA 4 Trocar os cartazes com as letras do alfabeto diversas vezes no ano, dependendo da sua proposta de trabalho e do nível da turminha. E eu sempre faço isso junto das crianças que acabam ganhando uma faixa em miniatura para levar para casa e pendurar onde quiserem.
1) ALFABETO MAIÚSCULO DE IMPRENSA: Com os menores, eu começo com a letra de imprensa maiúscula (conhecida como ‘bastão’).
2) ALFABETO MAIÚSCULO E MINÚSCULO DE IMPRENSA: eu adoro construir, coletivamente, cartazes com letras recortadas de jornais e revistas, assim os alunos já percebem que elas têm uma função social.
3) ALFABETO COM ILUSTRAÇÕES: Depois que as crianças já identificam as letras eu as associo a imagens, sem esquecer as diferentes grafias das letras.
4) ALFABETO MANUSCRITO: Cartazes apresentando os 4 tipos de letra maiúsculas e minúsculas, de imprensa e cursiva, com OU sem ilustração.