Dia desses, meu aluno Mateus de 7 anos perguntou:
"Profe, Y é vogal ou consoante?
Porque ele tem som de I né?
Então é vogal?"
Boa pergunta do Mateus... eu nunca tinha parado para pensar!!! Eu apenas inclui as letras na faixa do alfabeto, mas quando as crianças foram avançando para hipóteses silábico-alfabéticas e a noção de sílaba (formada por duas ou mais letras) foi construída a dúvida me pareceu muuuuito natural.
Pesquisando um pouco troquei algumas ideias com a
Andreza do blog
Meus Trabalhos Pedagógicos e só hoje, lendo o blog da Márcia
Espaço da Criança, encontrei a resposta na
Revista Nova Escola:
Seguindo os princípios fonéticos-fonológicos, Y é uma VOGAL, pois é um fonema pronunciado com a passagem livre do ar pela boca.
O K é uma CONSOANTE, pois precisa de uma vogal para formar sílabas e ser pronunciada.
Já o W é VOGAL ou CONSOANTE, dependendo do uso. Fica assim: com som de V, quando proveniente do alemão (como Wagner), com som de U, quando de origem inglesa (caso de web).
Agora eu tenho outra dúvida: como vou apresentar as vogais para as crianças? A, E, I, O U, Y e (as vezes) W???
A
Karla, do
Caderno de Professora, adicionou um comentário muito esclarecedor aqui no blog: devemos apresentar o A, E, I, O e U como vogais, já que o Y e o W são usados em palavras de origem estrangeira. Como essas letras são muito comuns nos nomes das crianças, elas serão exploradas naturalmente e as crianças se daram conta do seu valor sonoro durante o processo de alfabetização.