sábado, 29 de setembro de 2007

::Criador da web critica a própria invenção::

Dica da Fátima, na comunidade Blogs Educativos

FIZ ALGUNS RECORTES DOS TRECHOS QUE ACHEI MAIS SIGNIFICATIVOS PARA AQUILO QUE FAÇO E PENSO... COMPARTILHO AQUI:

A História ainda deve reservar ao belga Robert Cailliau e a seu companheiro de pesquisas, o inglês Tim Berners-Lee, um espaço no rol dos grandes inventores da humanidade. Há 17 anos, ambos desenvolveram uma ferramenta de comunicação, de início destinada só à pesquisa, cuja sigla fala por si: World Wide Web (www), a rede mundial de computadores. A seguir, os principais trechos da entrevista (retirados do Estadão)

>> Há muitos aspectos sobre os quais eu estou contente: a Wikipedia, os blogs, os círculos de pessoas que têm coisas raras a compartilhar. Na verdade não há muito além de alguns aspectos sobre os quais eu estou decepcionado: a velocidade da compreensão de que a rede mundial é uma construção coletiva. Empresários, políticos e freqüentemente jornalistas não compreendem isso. Nós poderíamos avançar mais rápido se tivéssemos colaborado mais em vez de promover a competição em um tema no qual a competição é muitas vezes nefasta.

>> ... a web é uma ferramenta que não se deixa manipular demais: a democracia parece estar imbricada na rede mundial. É isto que, aliás, irrita os espertos que querem se apropriar dela e também os ditadores e os chefes de regimes opressivos.

>> Não há nada de verdadeiro nessa “nova economia”. O que é verdade são as alterações no clima, a superpopulação do planeta, o extremismo ideológico-religioso.

>> Na era digital, não há lugar para uma só empresa em cada setor. Está nas equações diferenciais, e há muito tempo isso está provado por economistas e matemáticos. Para mim, esse tipo de negócio, que mexe com informação, deveria ser muito transparente. Quem produz softwares deveria mantê-los abertos e publicamente verificáveis.

>> A idéia da propriedade intelectual sempre me incomodou um pouco. (...) essa é a razão pela qual eu luto em favor da possibilidade dos micropagamentos, que permitiriam uma remuneração direta do artista pelo consumidor. Só que isso eliminaria os intermediários, que não gostam dessa ferramenta.

>> Nós deveríamos entrar em um período de colaboração. É preciso aplicar todos os conhecimentos que a ciência já nos deu. Ele já está aí, é preciso dominá-lo antes que seja tarde demais. E isso não se fará com propostas dogmáticas de esquerda nem de direita. A web pode ser uma ferramenta formidável nesse objetivo de preservar a vida sobre o planeta.

>> (...) eu acredito que o futuro pertence mais a uma inteligência artificial do que à humana. Nesse meio tempo, nós faremos tudo e nada ao mesmo tempo. Mas não esqueçamos que, até outra ordem, será preciso comer enquanto estamos diante de nossas telas. Logo, precisamos de alguma maneira preservar o planeta.


Fonte: Estadão

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